Poema de Noélia Ribeiro, in: Escalafobética
As mulheres loucas
andarilham roucas
entoando hinos
de prece e paixão
Se a farinha é pouca
as mulheres loucas
reivindicam seu pirão
Ao beijar a boca
de seus paladinos
elas choram à míngua
de outra língua
que umedeça toda parte
Essas doidas varridas
doam seu quinhão
de vida
para sair de Vênus
e voar para Marte
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