sexta-feira, 15 de maio de 2020

O Cerco

Poema de Alberto da Cunha Melo.


Estamos todos cercados;
e o silêncio do sonho
é nossa arma sagrada:
as pistolas e as línguas de aço
dos inimigos brilham ao sol,
e eles gritam tanto
sobre as velhas colinas,
atrás das cegas estantes,
que sabemos de tudo;
e calados ficamos,
amamos e permanecemos.

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