Poema de Sahara Higino
É a embriaguez dos que tem sede
e fome do corpo em veste, despido.
É o colo, o útero, a mãe e o filho.
Em contração.
É o Recife e a pele suada,
da trepação de domingo.
Álcool, cama e libido.
É a dose de cama e mesa de banho,
Masturbação pensante em dose única.
É a puta de três cartas e a dama
mal acostumada, que tece as palavras.
É o encosto do costume , o ócio em uso.
É sim, a anarquia de corpo envolvente,
Quente feito o vômito de gozo.
É a descrição alternativa do ser
Nostalgia, loucura e sexo, querer.
Dito, boca aberta.
Como ou trepa?
Palavras desavergonhadas, feito o
Silêncio dos que ainda sim, calam,
a voz.
Pontes que passam vírgula,
rio deságua de fontes.
Ratos roendo desejos
dos que sentados choram
a beira do mangue.
Grito
dos agoniados.
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