quinta-feira, 24 de março de 2016

In: Poemas para Matar Demônios

Ítalo Dantas, Editora La Bodeguita


1.

tua figura almeja um tiro exato
humildemente tiro meu cavalinho da chuva mas nunca
os suspensórios verde neon; digo arroz doce mil vezes
ao contrário mas nunca teu nome

não sei por quanto tempo ainda
te direi adeuses nem em quantas línguas
ou por quantas cópias de chaves certamente irei perder

um tiro ou bloco de concreto deliciosamente áspero se aloja à direita de 
meu olho como uma trave anunciada pelo evangelho ( yeshua não habita
meus sonhos)

um propósito falso
segredo que é deserto que não
é uma rosa mudo de assunto pra não mudar de ti e muito menos

pra te matar, filha de vênus,
de meus pensamentos.

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