domingo, 20 de março de 2016

Miguel Stos


CORAÇÃO

o conforto na linha do horizonte
quase na palma plana da mão...
o nosso plano? mapas de pontes
p'ra que ao menos o dedo aponte
o que alinha a coragem e a ação

ATO CONTÍNUO

Que onda é essa
que bate no peito
e se espraia no leito?
para onde arremessa?
que magia nos sonda?
amor é dessa onda
ele vai e vem
e arrasta também
é assim o tempo todo
e vem vindo de novo
porque quem para
se separa
e cria lodo

MATASSE TUA SAUDADE

matasse tua saudade
como se fizesses um filho
tamanha foi a maldade
que caído o corpo sem brilho
cantasse gemendo o estribilho
da tua vitoriosa vontade
no meio da sala sem caridade
largasses o cadáver empecilho
e fosses embora tal andarilho
esvaziar o bolso da felicidade



MUTUAMENTE

Quando me venço
eu faço o inverso
e me convenço
que minha conversa
é essa
pois até o vice-
versa

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