Poema de Sergio Cohn
melhor não andarmos tão depressa
para não sermos presas
dos próprios passos
melhor o silêncio, observar
a estratégia de quem já
conhece esses espaços:
pássaros onças outros
olhares de soslaio
sabendo que alimento e que veneno
nos espera na beira desse descaminho
não há mais nenhum Virgílio
para nos guiar
mas veja: nada aqui é novo
nem mesmo o labirinto
e nunca estivemos realmente sozinhos.
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