quinta-feira, 4 de abril de 2019

Conselho

Poema de Geni Guimarães

Quem estanca o sangue
que escorreu?
Quem sutura a língua e a boca
arrancadas no meio da fala?
Quem devolve o feto primeiro
da esperança trabalhada?
Quem resgata o tempo
e anula a doença
que comeu a saúde da África?
Não perca tempo.
Não me procure para anular delitos
que eu não posso e nem quero
agasalhar memórias.
Não vou velar insônia de ninguém.

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